20120817

"Das coisas que ouço" ou "ignoremos o facto de eu não cá vir há sabe-se lá quanto tempo"

Escrevo sem sequer olhar para o teclado. Hábito idiota que adquiri enquanto teimava que conseguia fazer giras. Eram tempos mortos em que o tempo se ocupava de si próprio e de outras coisas parvas: berlindes*, Lego** e matraquilhos***. Podia ter sido tudo mais simples é verdade mas as leis ditam que uma pessoa cresça e se ocupe ela própria do seu tempo em vez de o deixar ele próprio nos seus desígnios. Enfim, estou a divagar. As pessoas crescem, dizem-me; e tornam-se responsáveis por si próprias e pelas suas coisas; (lembro-me agora que me esqueci-me onde estacionei o carro) e maduras. Maduras.

Amadurecer tem de ser a pior das ocupações. É quase como o começar de um final, o preparar da morte anunciada sem anunciar a morte. Tudo velado, como qualquer boa ocupação neste mundo.

Enfim. Não amadureça nada mais neste mundo, digo eu.



Sempre gostei de fruta verde.

* - sou uma nódoa, mandava sempre para fora
** - o plural de Lego é Lego. Little known fact.
*** - Sou uma nódoa.

2 comentários:

  1. Acho que uma das piores coisas que posso desejar aos meus inimigos é fruta verde. Sinto os dentes a ranger só de pensar na acidez...

    Quando ao crescer: a cada ano que passa tenho mais dificuldades em estar feliz no meu aniversário.

    E o Daniel diz que está na altura de eu ir ao Hawaii. Aquele sonho de criança que apontei na minha agenda de adulta. E eu não sou adulta! Sou? Medo.

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  2. Eu sei que nunca vais amadurecer assim.

    Se algum dia o fizeres ensino-te a fazer gomas outra vez!

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